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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

 

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                        Querido amor,
            Meus dias andam gritando por você. Os frios, principalmente. Ando precisando de você. Ando distraído por aí, sem olhar por onde e sem saber o porque das coisas que faço. Acordo e olho pro lado, na esperança de te ter ali. Sempre em vão. Antes de dormir, encaro o teto e tento adivinhar o que está fazendo. Se está fazendo o mesmo que eu, pensando em mim, como penso em você. Tenho crises de impulsão, de querer sair pela porta, aparecer na tua janela, jogando pedrinhas e sussurando: “eu te amo”, alto, pra você. Igual aos filmes.
            Sabe, não quero ser como brisa, que bate no teu rosto e vai pra trás. Que fica lá pra trás, no passado. Não quero ser como as pedrinhas da rua, que você chuta e conduz e do nada esquece. Desinteressa. Mas sabe, também não quero te dizer que vou ser eterno. Nem quero que nunca me esqueça. Mas por favor, não desiste de mim fácil? Que nem os outros? Os outros são os outros, eu sei…Passado. Mas eu não quero que você seja outro. Outro amor, perdido por aí, no meu passado e me atormentando no futuro. Desses que só de lembrar, sente dor de nostalgia e se sufoca de porres, saudades e no fim da tarde, fica lá, deitado  no chão da sala, encarando o teto e pensando: “Como foi que tudo acabou e eu não percebi?” Pode até parecer drama, mas é medo. Medo de você, medo de nós…Medo do fim, do que ainda nem começou. (…) Já tem 6 mesês ner bb. HUHW
            Amei. Pensei demais, sonhei demais, imaginei demais…Amor não é tão ruim assim, quanto parece. Sentir sua falta consegue ser pior, acredite. Amor é só…Um pacote. Um pacote de medos, inseguranças, saudades e uma certeza: Um dos dois acaba mal. E mesmo sabendo disso, não quero que acabe. Que burrice a minha, de não enxergar a realidade? Não…É medo mesmo. Medo de imaginar, de sequer pensar.
            Aquele medo de gaguejar, o mal que faz minhas pernas trêmulas, o medo de não te surpreender. A indecisão, a insegurança. É ao olhar, dizer: “Eu não posso perder essa chance.” Essa chance de…ser feliz, talvez. É basicamente isso. Pode parecer tolice a minha, de te escrever isso e tentar te dizer o que sinto. Talvez você nem faça noção. Ninguém faz. Mas talvez você não tenha nem ideia. E sempre que eu paro pra pensar nisso…
            Eu não quero ser mais um. Nem que você seja mais um. Um amor a mais, um amor a menos. Um porre a mais, um porre a menos. Mas eu quero que…Você viva. Quero ter pelo menos a oportunidade, de que…Posso não saber me cuidar, mas cuidaria muito bem de você. E eu sei, que não sou o melhor, não sou o mais divertido, o mais marcante, o mais romântico…Eu sei que sou só eu. Mas sou o eu, que se esforçaria pra te ver feliz. O eu, que talvez te ame, mais do que…Até a si mesmo. Também não quero te marcar o passado e te sufocar de nostalgias no futuro. Mas quero que…Tu lembre de mim, e sorria. Mas tu podes ir embora a qualquer hora. Lembra de mim e sorri. Tá? E se sentir falta, sentir saudades…A gente toma um sorvete. E se convida a sentir tudo de novo. Fazer tudo de novo. A gente convence os corações, mas a gente sempre dá um jeito. O nosso jeito. Talvez você seja o amor da minha vida…Mas acho que estaria sempre disposto a fazer tudo de novo, sentir tudo de novo…Matar a saudade de tudo. De novo. É estranho que dedique isso tudo a você. Não pra mim, mas pra você. E se precisar de um amigo, um abraço, um ombro pra chorar…Palavras que não sejam vazias, me procura. Me liga, aparece na minha casa. Me grita. Me acha. Eu me importo.
                                             Eu te amo, leva a blusa de frio, o celular, mas por favor, se cuida kcir

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